Estudantes do Nordeste conquistaram maior número de medalhas na final da 17ª Olimpíada de História da Unicamp

De volta à lista

Em 09/09, por Comissão Organizadora17ª ONHB

As equipes do Nordeste receberam o maior número de medalhas na grande final da 17ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), projeto realizado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) com alunos dos ensinos fundamental e médio. Cerca de 1,1 mil estudantes de todo o país, divididos em 352 equipes, estiveram na Universidade no último fim de semana de agosto, sábado e domingo (30 e 31/8), para realizarem uma prova e participarem da cerimônia de premiação. Na fase final, os estudantes refletiram em uma dissertação sobre o uso das mídias digitais e das redes sociais, a partir do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), da proibição do uso de celulares nas escolas e das propostas de regulamentação das redes sociais.

A 17ª edição da ONHB contou com número recorde de inscritos, com 57,1 mil equipes, compostas por 3 estudantes e o professor ou professora de história da escola.  Na final, foram entregues 17 medalhas de ouro, 27 de prata e 37 de bronze, além de troféus às escolas com grupos medalhistas e medalhas de honra ao mérito aos demais participantes. 

O estado do Ceará recebeu o maior número de medalhas, um total de 28. Na sequência estão Pernambuco, com 14 equipes medalhistas, e a Bahia, com 8. Minas Gerais e São Paulo conquistaram 6 medalhas cada. Paraíba e Rio Grande do Sul somaram três medalhas cada. O Rio Grande do Norte conquistou cinco medalhas e Goiás e Piauí somaram três medalhas cada um. Já os estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro conquistaram duas medalhas cada. Com uma medalha cada, temos a Paraíba, o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins.

Todas as outras equipes finalistas presentes receberam medalhas de honra ao mérito. A ONHB, conforme desde a primeira edição,  não divulga ranking dos finalistas e que todos os medalhistas de ouro, prata e bronze são considerados igualmente dentro do grupo de medalhas que conquistaram, não havendo primeiro ou último colocado.


No domingo,  a entrega das medalhas foi realizada em uma cerimônia de premiação que contou com um show e a presença de autoridades da Unicamp, inclusos o Reitor Prof. Dr. Paulo César Montagner, o Coordenador Geral Unicamp  Prof. Dr. Fernando Antonio Santos Coelho, da pró-reitora de Extensão, Esporte e Cultura profa. dra. Sylvia Furegatti, do diretor da Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest), prof. dr. José Alves de Freitas Neto. Também estiveram presentes representantes da Associação Nacional dos Historiadores (Anpuh) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), além de convidados, elaboradores da prova e familiares das equipes finalistas. 

Em seu discurso durante a final, a coordenadora da ONHB e professora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp (IFCH), Cristina Meneguello, destacou o mérito de todos os participantes da final e de seus professores e lamentou as dificuldades enfrentadas por alguns estados, como Pernambuco e Rondônia, cujas Secretarias de Educação estaduais dificultaram a ajuda às equipes para se deslocarem para a final. 

Como funciona a ONHB

Participam da Olimpíada estudantes dos 8º e 9º anos do Fundamental e do Ensino Médio, em grupos compostos por três alunos e um professor de História. A ONHB tem seis fases online, que são realizadas nos meses de maio e junho, com duração de uma semana cada. As provas dessas etapas incluíram questões de múltipla escolha e realização de tarefas, que são elaboradas com base em debates, pesquisa em livros, internet e orientação do professor. 

Em 2025, também serão oferecidas bolsas de Iniciação Científica Júnior, do CNPq, para estudantes de escolas públicas que tiverem participado da ONHB. Os estudantes serão selecionados de acordo com os critérios estabelecidos pelo CNPq. As bolsas têm valor de R$300,00 mensais e duração de até 12 meses. Como contrapartida, os alunos contemplados deverão da ONHB em 2026.

Os estudantes finalistas também puderam fazer uma prova adicional e individual para concorrer à vaga em cursos de graduação da Unicamp. A ONHB faz parte do edital ‘Vagas Olímpicas’, portanto, alunos medalhistas têm a chance de ingressar na Universidade sem fazer o vestibular. As medalhas da ONHB também são aceitas em outras universidades.

A ONHB é realizada com apoio do Departamento de História da Unicamp, do Serviço de Apoio ao Estudante (SAE) da Unicamp, da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec) da Unicamp e da Associação Nacional de História (Anpuh). Conta também com a participação de docentes universitários, alunos de graduação, mestrandos e doutorandos.
 

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